domingo, 5 de setembro de 2010

They say the devil's water, it ain't so sweet.

No cinema e na televisão os antigos super heróis salvaram por milhares de vezes o mundo. Os super-heróis modernos... não.

A nobreza e o altruísmo faziam com que o mundo parecesse melhor, não queríamos que ele matasse o vilão somente porque gostávamos dele, mas sim porque, se ele falhasse, algo de muito ruim aconteceria

Hoje, os objetivos ficaram pequenos, eles lutam por rixas pessoais o que fez com que a expectativa pelos atos heróicos esperados pelo público ficassem de lado, tudo isso para deixar com que a coisa pareça mais relevante. E é fácil entender o porquê disso tudo.

Nos últimos anos, as histórias dos filmes de super-heróis ficaram mais individualistas, o personagem principal passou a ser o centro dos acontecimentos e os vilões passaram a ser o melhor amigo, o irmão, a ex-mulher ou seus próprios receios. Um exemplo disse é em Quarteto Fantástico, onde o Doutor Destino é um amigo da universidade de Reed Richards e no Homem Aranha, onde o Duende Verde é pai do melhor amigo de Peter.

Ninguém quer ser um Wolverine, que foi explorado pelo exército, ou um Super-Homem, morto por seus ex-amigos. O motivo é até razoável, mas está longe de ser heroico. Eu adorei alguns destes filmes recentes, especialmente Homem de Ferro e Batman — O Cavaleiro das Trevas. Mas, em geral, este tipo de fita está levando a ideia de “mundinho” longe demais.

Quando assistíamos aos filmes mais antigos, saíamos do cinema revigorados, sonhando em salvar o Universo. “Quando você vir que o mal está destruindo o mundo, reúna suas forças e lute contra ele”. Todos costumavam pensar assim. Afinal, é para isso que servem os heróis.